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Professora: Josiane Porto Machado
Sombrio, SC
Maio 2014
Plano de aula
Verbos
I, análise do discurso e linguagem dentro do projeto futebol cooperativo.
“#somostodosvencedores
#quandotrabalhamosjuntos
#escolapaisprofessoresefuncionários
#somostodosumsó
#omundotodoéumgrandetime”
Ø
Justificativa:
O Plano de aula surgiu do projeto futebol cooperativo e do
desejo de encantar os estudantes, levando-os a refletirem, também, sobre os
valores éticos, sociais e cooperativos presentes em uma simples partida de
futebol, no conteúdo, Verbos I, análise do discurso e da linguagem.
Ø
Introdução
do tema:
Nos dias em que se antecede uma Copa do Mundo em
nosso país, percebe-se um interesse maior sobre o assunto em nossos alunos.
A paixão
nacional é cativante, ela acontece em qualquer lugar e espaço, pode-se utilizar
elementos (a bola) baseados em décadas de pesquisas ou apenas uma trouxinha
feita de meias finas, aquelas que a mãe puxava fio e não tinha mais serventia,
mas que na verdade, servia ,e muito.
Ø
Objetivo:
No debate sobre o tema, surgirá sem dúvida a
competitividade que está inserida em todos nós, o objetivo é justamente esse:
construir um ambiente competitivo e ir descontruindo ao andar da atividade.
Inserir um ambiente cooperativo com a turma, com
certeza isso refletirá em toda escola.
Ø
Disciplina:
língua portuguesa
Ø
Publico
alvo: alunos do 7ºano 2 da E.E.B.MUN.Profª
ALDA SANTOS DE VARGAS
Ø
Professora:
Josiane Porto Machado - josianeportomachado@hotmail.com ( curso
superior em licenciatura plena em LETRAS, cursando pós graduação pela FAEL)
1º
v Com auxílio do livro didático apresento o texto
“Como me tornei santista” Arrigo Barnabé.
Lemos o texto, discutimos a história, e a partir
dessa história começo a construção da competitividade, futebol, paixão, times.
Após a discussão trabalhei a interpretação de texto.
Em seguida peço que observem as ações do texto e
o tempo, para iniciar os Verbos.
Retiro um fragmento da história e peço que
destaquem os verbos e os tempos verbais.
“um dos jogadores era negro, usava um uniforme
vermelho e verde. Adorei.
O outro
era um jogador branco, mas de uma cor branca enjoada, com uniforme todo branco,
muito sem graça. É claro que eu ia torcer para o time do jogador negro de
uniforme vermelho e verde. “Mas, uma fração de segundo antes de decidir,
perguntei a meu pai qual era o nome dos times”.
Tempo: 2 aulas
Recurso: livro didático,
quadro negro.
2º
v Começamos assim: Convido para deixarmos de ser
torcedor e ver o mundo futebolístico de outro ângulo, dos jogares.
Debate
sobre o mundo do futebol, a fama e o luxo de alguns X a luta de outros
tantos na busca de um clube.
O auge da carreira – 1ª copa do mundo. Na sua visão (alunos) qual a importância para
um jogador chegar à copa.
A escola, os estudos, onde fica esse time na vida
dos jogadores?
Apresento o texto: Estudar pra quê? O negócio é ser jogador de futebol.
Peço para analisarem a linguagem dos jogadores e
do futebol, debatemos sobre a importância dos estudos na vida de qualquer
pessoa, inclusive nas estrelas do futebol.
Atividade, transcrever no caderno algumas das
falas que aparecem no texto colocando na língua padrão.
Tempo: 2 aulas.
Recurso: xerox
3º
v Seguimos com a leitura da crônica “AÍ, GALERA”.
Relembro
sobre o texto anterior e as falas dos mesmos.
1.
Como são as
falas dos jogadores de futebol? Quais são as “frases” que eles usam? Cite alguns exemplos. Você acha que
os jogadores de futebol falam bem? Justifique sua resposta.
2.
O que é, em sua
opinião, falar bem?
3. Imagine
a seguinte situação: no término de um jogo de futebol, um repórter entrevista
um dos jogadores do time que acaba de perder. A entrevista ocorre ainda em
campo, minutos após o jogo ter sido finalizado. Imagine como foi esta
entrevista e junte-se a um colega para elaborar o diálogo entre repórter e
jogador.
4. Os
trechos seguintes foram retirados de uma crônica de um importante escritor
brasileiro, Luís Fernando Veríssimo. Nela, é narrada uma entrevista entre
jogador e repórter. Após a leitura dos trechos a seguir, procure identificar de
quem é cada uma das falas e justificar sua escolha:
Fala A: “minha saudação aos
aficionados do clube e aos demais esportistas, aqui presentes ou no recesso de
seus lares.”
Fala B: “Como é?”, “Ahn?”
www.letras.ufmg.br/redigir/cronica.do
Aí, Galera
Jogadores de futebol podem ser vítimas de estereotipação. Por exemplo, você pode imaginar um jogador de
futebol dizendo “estereotipação”? E, no entanto, por que não?
-Aí, campeão. Uma palavrinha pra
galera.
-Minha saudação aos aficionados do clube e aos demais esportistas, aqui
presentes ou no recesso dos seus lares.
-Como é ?
-Aí, galera.
-Quais são as instruções do técnico?
-Nosso treinador vaticinou que, com um trabalho de contenção coordenada, com
energia otimizada, na zona de preparação, aumentam as probabilidades de,
recuperado o esférico, concatenarmos um contragolpe agudo com parcimônia de
meios e extrema objetividade, valendo-nos da desestruturação momentânea do
sistema oposto, surpreendido pela reversão inesperada do fluxo da ação.
-Ahn?
-É pra dividir no meio e ir pra cima pra pegá eles sem calça.
-Certo. Você quer dizer mais alguma coisa?
-Posso dirigir uma mensagem de caráter sentimental, algo banal, talvez mesmo
previsível e piegas, a uma pessoa à qual sou ligado por razões, inclusive,
genéticas?
-Pode.
-Uma saudação para a minha genitora.
-Como é?
-Alô, mamãe!
-Estou vendo que você é um, um...
-Um jogador que confunde o entrevistador, pois não corresponde à expectativa de
que o atleta seja um ser algo primitivo com dificuldade de expressão e assim
sabota a estereotipação?
-Estereoquê?
-Um chato?
-Isso.
-Após a leitura, debater a
linguagem deste texto, o que mudou de um texto para outro? O que te surpreendeu
neste texto, por quê?
-Interpretação.
a) O que
gerou humor na crônica de Veríssimo? Explique como isso foi feito.
b) Leia
novamente as falas do jogador da crônica e as falas do jogador que você e seu
colega criaram na questão três. Qual das duas falas se aproxima mais da
realidade? Por quê?
c) Quem gosta
de futebol sabe que cada jogador tem um jeitinho de falar diferente dos outros.
Reescreva a crônica, substituindo as falas do jogador de Veríssimo pelas falas
de seu jogador favorito. Se for preciso, pesquise na internet algumas
entrevistas e repare na linguagem e nas “frases” utilizadas pelo jogador que
você escolheu.
d) Mais uma
vez retorne à entrevista que vocês criaram e à de Veríssimo. Em qual delas o
jogador se comunicou melhor? Por quê?
e) Leia as
seguintes palavras retiradas da crônica: vaticinou, recesso, aficionados,
parcimônia, estereotipação, contenção, concatenarmos, piegas, progenitora. Você
conhece o significado delas? Tente descobrí-lo pelo contexto.
f) Agora que
você já sabe o que significam essas palavras, tente reescrever as falas do
jogador, utilizando vocabulário mais simples, sem mudar o sentido original do
texto.
Tempo: 2 aulas
Recurso: xerox
4º
v
Apresento
um dos textos escritos por Luis Fernando Verissimo para o futebol foi a
respeito do futebol de rua, onde ele enumera as dez regras para a prática da
atividade de maneira extremamente criativa e bem humorada. Veja, abaixo:
REGRAS DE FUTEBOL
DE RUA
1. A BOLA
A bola pode ser qualquer
coisa remotamente esférica. Até uma bola de futebol serve. No desespero, usa-se
qualquer coisa que role, como uma pedra, uma lata vazia ou a merendeira do
irmão menor.
2. O GOL
O gol pode ser feito com o
que estiver à mão: tijolos, paralelepípedos, camisas emboladas, chinelos, os
livros da escola e até o seu irmão menor.
3. O
CAMPO
O campo pode ser só até o fio
da calçada, calçada e rua, rua e a calçada do outro lado e, nos clássicos, o
quarteirão inteiro.
4.
DURAÇÃO DO JOGO
O jogo normalmente vira 5 e
termina 10, pode durar até a mãe do dono da bola chamar ou escurecer. Nos jogos
noturnos, até alguém da vizinhança ameaçar chamar a polícia.
5.
FORMAÇÃO DOS TIMES
Varia de 3 a 70 jogadores de
cada lado. Ruim vai para o gol. Perneta joga na ponta, esquerda ou a direita,
dependendo da perna que faltar. De óculos é meia-armador, para evitar os
choques. Gordo é beque.
6. O
JUIZ
Não tem juiz.
7. AS
INTERRUPÇÕES
No futebol de rua, a partida só pode
ser paralisada em 3 eventualidades:
a) Se a bola entrar por uma
janela. Neste caso os jogadores devem esperar 10 minutos pela devolução
voluntária da bola. Se isso não ocorrer, os jogadores devem designar
voluntários para bater na porta da casa e solicitar a devolução, primeiro com
bons modos e depois com ameaças de depredação.
b) Quando passar na rua
qualquer garota gostosa.
c) Quando passarem veículos
pesados. De ônibus para cima. Bicicletas e Fusquinhas podem ser chutados junto
com a bola e, se entrar, é gol.
8. AS SUBSTITUIÇÕES
São permitidas substituições
no caso de um jogador ser carregado para casa pela orelha para fazer lição ou
em caso de atropelamento.
9. AS
PENALIDADES
A única falta prevista nas
regras do futebol de rua é atirar o adversário dentro do bueiro.
10. A JUSTIÇA ESPORTIVA
Os casos de litígio serão
resolvidos na porrada.
Seguimos com debate sobre o futebol de várzea, aquele que
acontece a qualquer momento em qualquer lugar e com qualquer jogador.
Começo um debate, vamos todos fazer um grande time, onde
todos têm de ganhar, o importante é fazer dar certo.
Então proponho a todos, juntos faremos as regras de um
futebol cooperativo, aquela partida que todos vencem, após uma leitura visual
de uma partida de futebol cooperativo com recortes, imagens, ilustração em um
grande painel.
#somostodosvencedores
#quandotrabalhamosjuntos
#escolapaisprofessoresefuncionários
#somostodosumsó
#omundotodoéumgrandetime
Tempo: 2 a 3 aulas
Recurso : xerox
Papel pardo
Tintas
Papeis coloridos
Recortes de revistas
Tesoura
Cola
Pinceis
Avaliação dar-se-á da participação e
comprometimento dos alunos.
Anexos
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